21.9.04
imagem
Há já algum tempo que não punha uma imagem no blog. Descobri isto hoje. Pareceu-me adequado. William Blake... Para quem quiser, para quem gostar...
William Blake - The Marriage of Heaven & Hell, 1790-93
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Há já algum tempo que não punha uma imagem no blog. Descobri isto hoje. Pareceu-me adequado. William Blake... Para quem quiser, para quem gostar...
William Blake - The Marriage of Heaven & Hell, 1790-93
ideia
Deixei-me levar por uma ideia agradável, e pela necessidade...
Quando somos visitados por uma ideia, e esta nos parece bem, ela como que fica, veio e foi mas não foi de todo. Começamos, lentamente, a lembrar-mo-nos do que era, do que é, do que podia ser. A ideia cresce, ganha espaço. Torna-se repetitiva. Ela vem, e vem. Torna-se agradável, quase bom, pensar nela. Imaginamos a sua concretude, a sua efectividade. Gostamos da ideia. A ideia projecta-se, ganha vida, acompanha-nos para todo o lado. Quando olhamos lá está ela, a olhar-nos também, a perguntar "e se de repende eu fosse"? E se fosse? A ideia toma conta de nós. Ganha corpo. Institui-se. Somos a ideia. Dependemos dela e ela depende de nós. Queremo-la, desejamo-la.
A ideia, finalmente, choca com a realidade. Não é compreendida pelos demais. Choca com eles e com as suas ideias. Contra o espectro do outro nenhuma ideia sobrevive. A ideia vê-se condenada face ao real. A instituição desmorona-se. A ideia desaparece...
É pena, era uma boa ideia, agradável...
Deixei-me levar por um pensamento bonito, e pela necessidade...
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Deixei-me levar por uma ideia agradável, e pela necessidade...
Quando somos visitados por uma ideia, e esta nos parece bem, ela como que fica, veio e foi mas não foi de todo. Começamos, lentamente, a lembrar-mo-nos do que era, do que é, do que podia ser. A ideia cresce, ganha espaço. Torna-se repetitiva. Ela vem, e vem. Torna-se agradável, quase bom, pensar nela. Imaginamos a sua concretude, a sua efectividade. Gostamos da ideia. A ideia projecta-se, ganha vida, acompanha-nos para todo o lado. Quando olhamos lá está ela, a olhar-nos também, a perguntar "e se de repende eu fosse"? E se fosse? A ideia toma conta de nós. Ganha corpo. Institui-se. Somos a ideia. Dependemos dela e ela depende de nós. Queremo-la, desejamo-la.
A ideia, finalmente, choca com a realidade. Não é compreendida pelos demais. Choca com eles e com as suas ideias. Contra o espectro do outro nenhuma ideia sobrevive. A ideia vê-se condenada face ao real. A instituição desmorona-se. A ideia desaparece...
É pena, era uma boa ideia, agradável...
Deixei-me levar por um pensamento bonito, e pela necessidade...