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31.5.07

mudança

acho que ando a ficar demasiado... qualquer coisa que não sei bem definir mas que não me reconhecia antes...

ps: hoje é lua cheia, e, mais uma vez, o meu desejo não se cumpre...

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podre

Estou podre... Farto de tossir... de cada vez que tusso é como se a minha cabeça de fosse explodir em mil bocados...

MALDITA GRIPE

Estou farto de ver lindos casalinhos a passearem-se cândidos de mão dada pelas ruas fora... Nojo! Mas quem raio vos pediu que expressassem a fossa felicidade? Daqui a um mês já não se suportam, melhor que nada...

MALDITA PSEUDO-PRIMAVERA

Lá fora, algumas partes da minha cabeça, afectadas pela desintegração provocada por um tossido mais violento, sonham com o seu último amor...

MILHARES E MILHARES DE PARTES DA MINHA CABEÇA DEAMBULAM EM DELÍRIOS SONHADORES

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29.5.07

desejo

O desejo é como um balão... Abre-se a porta, a ideia desenvolve-se... e se... ah, talvez não... Mas ideia fica, demora-se, corroí-te o cérebro, lentamente, instala-se. E quando não pensas em nada pensas na condição de possibilidade, naquela condição de possibilidade mais do que noutras... Ok, deixa estar... E pensas, e pensas, e queres, e queres... e queres mais, e vais querendo e o tempo passa e tu queres, não sabes porquê, não sabes para quê, sabes que queres e que só queres aquilo... e enche, e preenche e já não pensas em mais nada...

E, de um momento para o outro, sem qualquer aviso, sem dares por nada, desaparece, como se nunca tivesse existido, como um balão que, de um momento para o outro, depois de rebentar, já não é nada...

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28.5.07

devaneio de tempos antigos

Numa aula de Hermenêutica Filosófica fez-se referência ao Pensamento em Fuga...

Eis a sua figuração:



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27.5.07

ausências

Choro por uma ausência que não existe...

tens tantos nomes... mas eu não tenho nenhum com que te possa chamar...

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26.5.07

devaneio sobre o fundamento das ciências numa aula sobre gestão

Pergunta: O que é a gestão e como surge o problema da gestão como ciência social?

Resposta: Os problemas surgem detrás das moitas, surpreendendo os pobres humanos que se passeavam pelos bosques e... surgiram as ciências...

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25.5.07

banda sonora para qualquer coisa

O que ouvir quando se está a arrumar papéis e se tem os 80 watts de um amplificador NAD C352 para brincar:

Yann Tiersen - Summer 78
Ennio Morricone - L'Estasi Dell' Oro
Ennio Morricone - Il Triello
Apocalyptica - Fade To Black
Apocalyptica - Harmageddon
Metallica - Enter Sandman
António Vivaldi - Quatro Estações - Verão - Presto: Tempo Impetuoso d'Estate
António Vivaldi - Quatro Estações - Primavera - Allegro: Danza Pastorale
Filter - Jurassitol
Filter & The Crystal Method - (Can't You) Trip Like I Do
Lunatic Calm - Leave You Far Behind
Carl Orf - Carmina Burana - Fortuna Imperatrix Mundi - O Fortuna
Edvard Grieg - Peer Gynt Suite I Op. 46 - In The Hall of The Mountain King
Candlemass - Into The Unfathomed Tower
Sneaker Pimps - 6 Underground (Nellee Hooper Mix)
Mão Morta - Tornados

Kill the DJ? Chamem-me esquizofrénico... Sinto-me purgado...

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... e assim falou, do alto do cume do mundo, sobre a não existência de Deus...






Torre do Castelo de Melgaço, Kodak T-Max 100


Pela meia noite e em pleno cemitério, numa visão apavorante, o olhar estende-se até aos confins da noite cósmica esvaziada, os túmulos estão abertos, e, num universo que se abala, as sombras voláteis dos mortos estremecem, aguardando, aparentemente, a ressurreição. É então que, desde o alto, surge Cristo, uma figura eminentemente nobre e arrasada por uma dor sem nome. E, com um terrível pressentimento, "os mortos todos gritam-lhe: 'Cristo, não há Deus?' Ele respondeu: 'Não, não há Deus'". A sombra de cada morto estremeceu, e umas a seguir às outras desconjuntaram-se. E Cristo continuou, anunciando o que aconteceu no instante da sua própria morte: "Atravessei os mundos, subi até aos sois, voei com as galáxias através dos desertos do céu; e não há Deus. Desci até onde o ser estende as suas sombras, e olhei para o abismo, gritando: 'Pai, onde estás?' Mas apenas ouvi a tormenta eterna, que ninguém rege (...)" Quando, no espaço incomensurável, procurou o olhar divino, não o encontrou; apenas o cosmos infindo o fixou petrificado "com uma órbita ocular vazia e sem fundo, e a eternidade jazia sobre o caos e roía-o e ruminava-se". O coração estalou de dor, quando as crianças sepultadas no cemitério, se lançaram para Cristo perguntando: 'Jesus, não temos Pai?' E ele, debulhado em lágrimas, respondeu: "'Somos todos órfãos, eu e vós, não temos Pai'. (...) Nada imóvel, petrificado e mudo! Necessidade fria e eterna! Acaso louco e absurdo!(...) Como estamos todos tão sós na tumba ilimitada do universo! Eu estou apenas junto de mim. Ó Pai, ó Pai! Onde está o teu peito infinito, para descansar nele? Ah! Se cada eu é o seu próprio criador e pai, porque é que não há-de ser também o seu próprio anjo exterminador?"

Jean Paul, Discurso do Cristo Morto, Desde o Cume do Mundo, Sobre a Não Existência de Deus (Rede des Toten Christus vom Weltgebäude herab, dass kein Gott sei), 1796, Tradução e Adaptação de Anselmo Borges.


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23.5.07

círculos e círculos e círculos...

E assim, lentamente, renasço das cinzas... aos poucos... Dia a dia, repetidamente, esperei. Dia após dia, sempre o mesmo ritual. Acordar, pegar na cadeira, sentar à janela, fechada, olhar... olhar... olhar... sarei as feridas deixadas pelas tempestade, uma a uma, pouco a pouco... Fui ganhando o aspecto de antes, de glórias perdidas, de batalhas ganhas, de guerras vencidas, de dias passados a crescer... E olhava para ti, e via-te, ali, mesmo ali, tão proximo. Tão perto e tão longe. Longo. Longo era o caminho que nos separava, a ti na tua cidade, a mim na minha cidade. Mas eu esperava, eu sabia esperar, não podia fazer mais nada, não fazia mais nada. Aguardava pacientemente o dia, o dia de sol vermelho e de lua amarela, o dia de todas as lutas de todos os fins, de todos os princípios, de todas as mudanças, em que nada restaria do que tinha sido antes, tudo seria pó, tudo seria areia, tudo seria memória. E o dia veio, e tu vieste e tudo começou e tudo acabou. Assim! Zás! Sem mais nada. Sem tempo, sem espaço, sem resposta, sem pergunta, sem memória, sem reacção, sem nada... Já nada era nada, já tudo era tudo. E nós, continuávamos, ali, à espera, sem fazer nada, sem ver, sem ouvir, sem dar por nada... E tudo passou, e só ficámos nós, presos, na memória, no branco vazio e dias atrás de dias repetidos... e de quê? E para quê? Para quê mover montanhas? Porquê mudar o mundo, para quê mudar o mundo, se tudo tem um fim, tudo terá um fim, tudo deixará de ser o que foi e o que será, e o que nunca foi, e o que podia ter sido... e o que não foi...

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19.5.07

hoje vou aqui


mao morta - maldoror




Para ficar a conhecer melhor:



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17.5.07

o meu gato quando mia...

O meu gato é chato como a putassa... Não sei bem se é assim que se escreve a palavra "putassa", de qualquer forma, quando penso na forma como o meu gato me chateia às vezes, não consigo pensar noutra palavra... pelo menos de momento. Ela aparece, repetidamente, quando o diabo do gato mia... Assim, zás, de repende e à bruta... O gato quando mia é imediato... PUTASSA! Há pouco, quando cheguei a casa, lá estava o filho da puta. Chamo-lhe filho da puta, mas de uma forma carinhosa... Mas estava a dizer, puz-me a olhar pro gajo e o gajo quando mia faz um jeito esquesito com o focinho, um arreganhar estranho. Digo arreganhar porque me parece que dos descitores possíveis é a palavra que melhor descreve o que ele faz. Consegue-se ver-lhe os dentes...

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