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22.10.06

palavras de outros


CANIBAL AMOR

Quando comi a tua pele não soube a nada...
Trinquei-te o fundo das carnes e não me soube a nada...
O perfume sim! largado do sangue, cheirou-me a podre.
Procurei em ti todos os cheiros semelhantes,
aqueles que emanam da tua sentida decadência.
Tentei depois tocar: furar fundo com os dedos as partes sobrantes...
não senti nada à excepção do cansaço de sonhar
esfaquear alguém como se fosse à colherada.
Daí extrai tecidos moles e líquidos espessos.
Guardei-os em sete frascos distintos com os nomes: Soberba, Inveja, Ira, Preguiça, Avareza, Gula e Luxúria.
Por uma semana contemplei, intriguei, olhei, cheirei, provei e analisei cada um deles...
mas nada descobri.
E dessa carnívora procura na ausência do teu ser,
e depois de tantos retalhos apenas lamentei não poder
ter-te engolido de um só trago para que sempre estivesses dentro de mim.
























Este texto foi escrito por alguém que não eu, dirigido a alguém que não eu... Por sorte pude deitar-lhe a mão, e não podia deixar de o colocar aqui... Deixo a quem o escreveu uma imagem, que creio que lhe agradará...

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8.10.06

amor

O amor, enquanto realidade correspondente a uma definição, a um conceito, não existe. O que existe são coincidências de necessidades, meras conveniências entre duas pessoas que desejam a efectivação pessoal de uma realidade puramente conceptual... e nem se apercebem disso...

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