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16.12.03

divagações amorosas número um

É curioso o modo-de-ser das flutuações amorosas... muitas das vezes, e felizmente, a sua duração, das flutuações, é tão curta que não chega a incomodar... outras vezes demoram-se. Este sentimento de um misto de desejo, necessidade e um não-sei-bem-o-quê que dói, instala-se na mente, incorpora-se no corpo, moendo, corroendo a sua vítima, tentando por todos os meios conduzi-lo/la à loucura, colocando a consciência face à necessidade intrínseca e extrínseca do outro, mostrando o quanto ela, a consciência, é impotente perante tal evidência. O "eu preciso" é a palavra de ordem, é o dito que domina todo o pensamento, que se repete, de novo e de novo, à consciência, transformando-a, modelando-a, fazendo-a repetir sempre o mesmo ciclo, ocupando permanentemente o espaço mental reservado ao pensamento, pensamento este forçosamente orientado num só sentido. É a luta de lança no braço contra moinhos de vento. O que fazer perante tal situação? Nada. Deixar o tempo passar e esperar que uma nova flutuação ocupe o lugar da anterior...

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