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10.2.04

sem título

espero redenção nas palavras atiradas ao vento...
mal eu sei que o vento não tem ouvidos...
e que já não transporta as minhas palavras ao seu destino...
o terror do rosto alter esmaga-me...
a covardia dos momentos delicados desarma a necessidade...
dou por mim perdido no meio do nada...
abandonado no vazio do tempo e do espaço...
nada importa... já nada importa...
o absurdo da ausência...
a insuportável insignificância da existência...

as palavras saem tortas, não sou poeta...


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