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25.12.04

natal

Passa pouco das nove e meia da noite... Saio para a rua, lá dentro estava-se melhor... A cidade apresenta-se vazia aos meus olhos. Não se vê vivalma... A cidade é minha... As ruas despidas oferece-se-me de uma forma grotesca. Sinto-me perdido, entregue a mim mesmo. O mundo está fechado, submisso à vontade do éter omnipresente. Maldita religião que submete as liberdades...

Odeio o natal. Tenho razões para isso. Odeio-o por razões primeiro morais, depois políticas e finalmente religiosas. O natal, hoje, é uma violência consumista imposta pelo subterfúgio religioso. Quero resistir-lhe, mas o hábito... o hábito é avassalador. Sou obrigado, forçado, a participar nesta "festa", rito pagão adaptado às necessidades do império, também romano. O pai natal "coca-cola"... o vermelho, de onde acham que veio? Enoja-me o consumismo cavalgante, violento, avassalador... Não posso fugir-lhe. Perco-me na circularidade dircursiva, sou obrigado a ela, compelido pela violência de um sentimento de, ao mesmo tempo, raiva e impotência...

BARDAMERDA MAIS OS VOSSOS NATAIS E A VOSSA SUBMISSÃO AOS HÁBITOS PODRES DE UM MUNDO DEMASIADO CEGO PARA PERCEBER O QUE É IMPORTANTE

não fosse pelo sorriso das crianças...

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