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24.2.07

feminismos

Sempre me escusei a escrever sobre feminismo. Por duas razões muito particulares. Em primeiro lugar, a minha fragilidade neste tema, em segundo a opinião muito particular que tenho relativamente a este assunto. O que me leva agora, e não antes, a escrever sobre este assunto foram umas palavras que ouvi hoje... Há discursos feministas, ou dito de outra forma, discursos de feministas, ou dito ainda de outra forma, discursos conotados com a corrente noção de feminismo... Foi qualquer coisa desta forma, perdoem-me a má memória mas tais palavras normalmente prefiro esquecê-las pois é tal o arrepio na espinha com que as ouço que prefiro esquecê-las, e esquecer o mal que fazem a outros feminismos, mais verdadeiros, menos preocupados com uma luta não do género pelo género, mas dos direitos das mulheres numa sociedade profundamente masculina e desigual. O que ouvi foi "se fossem os homens a ter filhos, há muito tempo que o problema do aborto ja estaria resolvido", e também "mas porque é que os homens não tomam contraceptivos?" Não vou falar sobre o que é especificamente dito nas frases, apenas sobre o seu impacto e sobre o que significam. Estes feminismos, preciosamente sexistas, contribuem de uma forma terrível, para denegrir a verdadeira luta pela igualdade e pelos direitos das mulheres. Este perspectiva de um feminismo, que pessoalmente eu não considero feminismo, profundamente sexista, enraizado numa bacoca oposição entre os sexos, contribui definitivamente para destriur, tomando o seu lugar, aquelas que são as verdadeiras lutas feministas. Sim, vivemos num mundo dominado por exclusivamente por homens, e talvez por isso, devido a essa falta de equilibrio entre sexos, a sociedade contemporânea tenhas as deficiências que tem, mas isto não justifica um oposicionismo sexista primário. A luta pela igualdade entre sexos e pelos direitos das mulheres não é, ou pelo menos não deve ser, apenas uma luta de mulheres, mas uma luta de todos os cidadãos do mundo. Evidentemente que é uma luta difícil, quando mesmo a própria língua que falamos, neste caso o português, tem predominância masculina no seu uso. Não posso deixar também de reforçar uma ideia que considero importante. As lutas pelos direitos das mulheres tem sido, muitas vezes, escondidadas e escamoteadas sob o conceito de uma luta pela "igualdade" entre homens e mulheres, às vezes, certos feminismos de índole sexisto-oposicionista, pretendem falar numa ideia de igualdade como se homens e mulheres quizessem e pudessem fazer exactamente as mesmas coisas e representar exactamente as mesmas coisas. Assumamos de uma vez por todas uma coisa, homens e mulheres são diferentes, e podem e devem cumprir papeis diferentes, equivalentes mas diferentes, ou de forma diferente, nesta sociedade que temos. Igualdade sim, mas na diferença, pois somos diferentes, e ainda bem que o somos, é isso que torna a espécie e ao mesmo tempo a sociedade humana mais interessante. Por outro lado é evidente que a brutal opressão de que as mulheres, enquanto género, têm sido alvo, é também uma opressão classista, na medida em que a mulher, enquanto trabalhadora, está também sujeita a um tipo de opressão específica da sua condiçao de mulher e de trabalhadora. Nesse sentido esta é, também, uma luta de classes, uma luta das mulheres trabalhadoras por uma diferente visão da sua posição no mundo do trabalho. Aqui sim, podemos, e devemos, falar em igualdade total de direitos e de condição entre géneros. Para um trabalho igual, um salário igual. O importante é que se pense em igualdade tendo em conta as diferenças intrínsecas a cada um dos sexos.


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21.2.07

When Harry Met Sally







Tinha-me esquecido de colocar aqui o mais importante. Quando acabarem de fazer o teste, aparece uma frase que descreve o filme, por lapso, creio, or simplesmente por ser a rádio comercial, esta frase não surge no código html dado pelo site pra colocar num blog ou em qualquer página pessoal. Para repôr a verdade aqui fica a frase:

Você é... a cena da Passagem de Ano em “When Harry Meet Sally”: Para si, a verdadeira declaração de amor deve ser sempre espontânea e não treinada horas a fio ao espelho. O amor deve sempre ter como base uma forte amizade, até para o ensinar a gostar dos defeitos da outra pessoa.

... eu acrescentaria outras coisas que o amor deve ter, não só a amizade como base, mas não me parece ser este o lugar, quer temporalmente, quer espacialmente, para o fazer...


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15.2.07

e agora vou ver um filmezinho... (preencher espaços em branco)

são quatro e alguns minutos da manhã... nesta noite de qualquer coisa, perco tempo à procura de coisas, futilidades fictícias, algures num mundo que não existe, suspenso entre o real e o irreal, ouço uma treta de uma música qualquer que já não tem nenhum significado... já não penso em ti, e isso é bom... já não penso em condições de possilidade, nem em amores nem em perdas de tempo a correr não sei bem pra onde não sei bem porquê, estou a escrever quase como o saramago e estou a achar isto engraçado, é mesmo fixe não é? E agora vou ver um filmezinho, como quem bebe um café... "De tanto bater o meu coração parou"... Hum... talvez já seja um bocado tardote... quando comecei a ripa-lo ainda eram só três da manhã... já está pronto há um bocado, mas como disse, puz-me praqui a correr não sei bem atraz de quê e pronto, olha, cá estou, uma hora mais tarde a escrever parvoíces porque está aqui uma porra de um espaço em branco que precisa de ser preenchido e não há mais ninguém que queira preenchê-lo, e porque não devem haver espaços em branco por preencher porque o branco é vazio... e eu às vezes também parece que sou... e, agora, sim, finalmente, acho, não tenho bem a certeza mas é uma possibilidade bastante forte, que vou ver um filmezinho... se for alguma coisa de jeito ainda praqui venho preencher mais um ou outro espaço em branco a propósito do mesmo...

e é assim que se escrevem posts de merda!

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pérolas de um dia de referendo I

"então ontem, o benfica... o benfica também abortou..."

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6.2.07

chata vulgaridade

Há algum tempo que não falo. Agora que a tempestade passou, vou tentar dizer algumas coisas, já com a cabeça mais fria e com as emoções mais temperadas...
Gostava... Gostava de poder falar-te... Gostava de bater à tua porta quando passo na tua rua... Gostava de te compreender... e que me compreendesses... Gostava de te conhecer... fora da insanidade em que te conheci... Gostava de poder falar contigo, e de te ouvir, sem que todas as palavras tivessem o sabor a cuidado e a coisas pré-pensadas... Gostava que me soubesses a mais do que uma chata vulgaridade... Gostava que soubesses quem sou... Gostava que me conhecesses...

Agora, perto do fim, gostava que nunca tivesses acontecido...



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