5.6.07
asco
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Não costumo falar de política neste espaço, ou pelo menos, quando o faço, não o faço explicitamente ou referindo directamente pessoas...
Este fim de semana foi a V convenção do Bloco de Esquerda, partido do qual sou militante desde quase a sua fundação e para o qual desempenho cargos quer de direcção política quer cargos de representação pública. Contudo sempre soube manter algum distanciamento da direcção nacional do partido, sempre me pareceram muito peudo-intelectuais, muito burgueses entusiasmados com a revolução, o que às vezes deixava transparecer algum aparente oportunismo nalguma acções e campanhas que se iam fazendo. Pessoalmente sempre me assumi como militante da velha escola marxista, pura e dura, de índole revolucionária, se bem que com algumas influências ao nível filosófico e moral de autores como Ernst Bloch, Jaques Derrida, Jean Meslier, Raoul Vaneigem, entre outros, mas pronto, como o bloco sempre se assumiu como uma espécie de "melting pot" esquerdista em que tudo cabia lá dentro deste o mais refundido ex-comunista até ao católico progressista, digamos que não estava tão desenquadrado quanto isso.
Nesta última convenção, contudo, tive pela primeira vez a sensação de que se calhar o bloco não é a minha casa. Não pela intervenção dos seus militantes base, a maioria pessoas com as suas ideias muito próprias mas honestos no que disseram, mas pela intervenção da sua figura com maior visibilidade pública (sim, continuo, eu e outros recusar-me a chamar-lhe líder, deve ser trauma de esquerdista), o senhor Francisco Louçã. Nunca como nesta convenção as suas palavras tiveram tanto para mim o sabor a oportunismo e a mentira, o timbre do politiqueiro, da palavra que é dita porque é preciso dizê-la não por uma questão de de princípio político mas porque perante a plateia em questão fica muito, mas muito, bem dizê-la.
E isto enoja-me profundamente...
Este fim de semana foi a V convenção do Bloco de Esquerda, partido do qual sou militante desde quase a sua fundação e para o qual desempenho cargos quer de direcção política quer cargos de representação pública. Contudo sempre soube manter algum distanciamento da direcção nacional do partido, sempre me pareceram muito peudo-intelectuais, muito burgueses entusiasmados com a revolução, o que às vezes deixava transparecer algum aparente oportunismo nalguma acções e campanhas que se iam fazendo. Pessoalmente sempre me assumi como militante da velha escola marxista, pura e dura, de índole revolucionária, se bem que com algumas influências ao nível filosófico e moral de autores como Ernst Bloch, Jaques Derrida, Jean Meslier, Raoul Vaneigem, entre outros, mas pronto, como o bloco sempre se assumiu como uma espécie de "melting pot" esquerdista em que tudo cabia lá dentro deste o mais refundido ex-comunista até ao católico progressista, digamos que não estava tão desenquadrado quanto isso.
Nesta última convenção, contudo, tive pela primeira vez a sensação de que se calhar o bloco não é a minha casa. Não pela intervenção dos seus militantes base, a maioria pessoas com as suas ideias muito próprias mas honestos no que disseram, mas pela intervenção da sua figura com maior visibilidade pública (sim, continuo, eu e outros recusar-me a chamar-lhe líder, deve ser trauma de esquerdista), o senhor Francisco Louçã. Nunca como nesta convenção as suas palavras tiveram tanto para mim o sabor a oportunismo e a mentira, o timbre do politiqueiro, da palavra que é dita porque é preciso dizê-la não por uma questão de de princípio político mas porque perante a plateia em questão fica muito, mas muito, bem dizê-la.
E isto enoja-me profundamente...