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27.12.09

Dialécticas de uma Sociedade Capitalista 1


Parte 1: A dialéctica entre ricos e pobres, muito simplificada.

Pergunta: Porque é que há ricos e pobres?

Resposta: É necessária a existência de regras que mantenham uma diferença social entre ricos e pobres porque só alimentando o sonho de alguém de menor estatuto poder vir a adquirir um estatuto mais elevado é que se poderá garantir que este alguém de menor estatuto irá trabalhar com eficiência, competência, empenho e vontade, condições essenciais à realização de um bom trabalho. Por isso é necessário à sociedade capitalista apresentar-se com esta dinâmica de circulação social, digamos, para apaziguar os espíritos inquietos. Fundamentalmente este fosso existe para que um grande grupo de pessoas tenham vontade de trabalhar. Se estivéssemos todos ao mesmo nível ninguém se esforçaria, porque a igualdade elimina a necessidade de querer ser melhor porque formalmente não há patamar superior. Em poucas palavras, elimina-se o estímulo à melhoria, ao fazer mais e melhor, não porque fazer mais e melhor enriquece a existência humana, apenas porque o sistema se alimenta de aumentos sazonais, base do sistema capitalista. Aqui assenta o princípio da competitividade. Fomenta-se, portanto, a competição entre os indivíduos para os levar a acreditar que o produto do seu trabalho lhes trará melhorias, o que não se verifica na maior parte dos casos. Esse excesso de trabalho apenas serve para alimentar o próprio sistema.

Resposta simplificada: Porque é preciso que alguém trabalhe e é preciso que esse alguém tenha vontade de trabalhar. Ou melhor, convencer os indivíduos que trabalhar é uma coisa boa.



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