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25.2.10

sobre todas as mulheres que já amei

Sobre todas as mulheres que já amei...

Será que as amei a todas? Pelo menos num breve momento quero acreditar que sim, que não foi apenas um desvario parvo que me fez correr. Que de todas pensei que podiam explodir, com um bater de asas, o meu mundo. O chato é a realidade. É que, por detrás de toda a ilusão que se cria à volta de outra pessoa, no fundo, o que sobre, é apenas alguém, tão frágil como tu, tão fraco como tu, nem melhor nem pior, diferente no máximo, o que não é mau nem é bom, simplesmente é. E como amar alguém que simplesmente é? Como amar simplesmente quando o que se procura não é apenas alguém, mas alguém que traga qualquer coisa de novo? Alguém com uma perspectiva diferente? Com um mundo diferente? Será que é o mundo que se ama? E, no fundo, a quantas é que disse que amava? Não a quantas achei que amava, mas a quantas o disse enquanto o sentia? Não me atrevo a responder a esta pergunta. Talvez com o medo de descobrir que, afinal, nunca amei ninguém... Vou continuar a tentar convencer-me do contrário... Mas no fundo, não há amor, apenas conveniências e confluências de interesses de pessoas fracas... Quando S. me chamava teórico, talvez a devesse ter ouvido. Quando G. me perguntava como é que eu sabia que amava quando nem sequer sabia o que era o amor, devia tê-la mandado à merda... Não se questiona o amor de ninguém, por muito irracional que seja a maneira como se manifesta. Nunca sabemos o que queremos. Só sabemos que queremos, muito, não importa quem, mas queremos... e isto é muito perigoso. Pensa muito bem antes de dar o passo de assumir alguma coisa com alguém. Pensa nas consequências. Pensa na tua liberdade, pensa na liberdade dela. Pensa nas consequências de te arrependeres daqui a uns meses. Pensa. Conhece-a bem... É muito fácil achar que se ama quem não se conhece. É muito difícil amar quem se conhece bem. O amor é como a religião. Será? Acho que não. A dúvida alimenta a religião, por isso se chama fé. A dúvida destrói o amor, aniquila a confiança, sem confiança nasce a loucura e onde há loucura não há amor. Tens razão, sou um teórico. Vou parar de teorizar no dia em que aparecer alguém que me convença que tem sempre de haver uma relação entre teoria e prática. Entretanto vou ficar à espera que me apareça um anjo, que com um bater de asas faça explodir não o meu quarto mas o todo o meu mundo.

E assim se escreve mais uma pieguice sem nexo...


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